Avaliação neurológica do Recém-nascido
Quanto mais avança a tecnologia para fins diagnósticos em saúde, mais se deve aprofundar o conhecimento da semiologia clínica, para que a indicação dos exames seja precisa, o tempo para se estabelecer o diagnóstico mais curto e a prescrição terapêutica mais rápida para que se torne menos onerosa para o paciente.
A semiologia clínica neurológica na criança é complexa, por suas modificações ao longo do desenvolvimento e ao mesmo tempo é rica na identificação das aquisições sensitivas, motoras, sensoriais e cognitivas.
2 OBJETIVOS DO EXAME
O conhecimento das escalas e testes neurológicos pode ajudar aos profissionais de saúde e pesquisadores que trabalham com o desenvolvimento de crianças, pois constituem uma ferramenta adicional durante o processo de avaliação. A escolha do instrumento de avaliação deve ser realizada em acordo com as necessidades de cada criança. Podendo ser utilizados para a triagem, diagnóstico, planejamento e acompanhamento do tratamento.
A avaliação neurológica objetiva avaliar a vitalidade, avaliar a maturidade neurológica, observar anormalidades precocemente e avaliar o prognóstico do RN.
Segundo Knobloch & Pasamanick, estudos comparativos revelam que quando o exame neurológico já se apresenta precocemente alterado, pode indicar atraso no desenvolvimento.
3 CUIDADOS PARA O EXAME
Para obtermos um exame satisfatório, é aconselhável que o ambiente esteja em temperatura amena (em torno de 24 a 27 ºC), o bebê acordado e sem choro e em torno de uma e meia hora após a mamada. Nem sempre, em situação de consulta isto é possível. Porém, podemos obter melhores condições, examinando, primeiramente, a cabeça e o que for possível, sem despir a criança. Ao despí-la, utilizar o princípio da manipulação mínima, efetuando todas as manobras possíveis de investigação primeiramente com o bebê em decúbito dorsal, depois puxando-o para sentar-se; em seguida, erguendo-o ereto com apoio plantar no