Avaliação na pedagogia tradicional
A avaliação faz parte do nosso cotidiano e percebemos isso, não somente nas provas escolares, mas nas situações diárias que nos fazem avaliá-las para, em seguida, agir sobre elas. A partir disso podemos dizer que a avaliação acontece “através das reflexões informais que orientam as frequentes opções do dia-a-dia ou, formalmente, através da reflexão organizada e sistemática que define a tomada de decisões.” (DALBEN, 2005 apud CHUEIRI, 2008, p. 51)
Na perspectiva da aprendizagem, a avaliação assume características e objetivos diferentes com relação às concepções pedagógicas. Diante disso, é valido ressaltar que nosso foco de estudo é a abordagem tradicional, por isso situaremos “a avaliação” nesta concepção.
Como já havíamos abordado, a pedagogia tradicional é baseada em uma aprendizagem mecânica e conteudista, tendo como característica principal o método expositivo, ou seja, a exposição verbal ou demonstrativa do conteúdo. Tendo em vista os aspectos mencionados, a avaliação é realizada para constatar se, de fato, a aprendizagem foi efetivada.
A avaliação tradicional reforça ainda mais o caráter objetivo e mecânico dessa abordagem, em que se privilegiam mais a quantidade de informações apreendidas do que a qualidade destas. Nesse sentido Mizukami nos fala que,
A avaliação é realizada predominantemente visando a exatidão da reprodução do conteúdo comunicado em sala de aula. Mede-se, portanto, pela quantidade e exatidão de informações que se consegue reproduzir. Daí a consideração de provas, exames, chamadas orais, exercícios, etc., que evidenciam a exatidão da reprodução da informação. (MIZUKAMI, 1986, p. 17)
Com base nas considerações de Mizukami, entendemos que a repetição e a memorização constituem a base da avaliação tradicional, portanto, o aluno devera decorar e reproduzir, nas avaliações, o conteúdo que o professor ensinou. O indicador de aprendizagem será a nota recebida pela exatidão e pela quantidade de informações