Avaliação Educacional
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A autora propõe a discussão do tema sobre a avaliação trazendo suas questões sob os vários pontos de vista que englobam a compreensão e a tomada de decisões em avaliar e sobre as formas pelas quais esse processo foi tornando-se “empobrecido e desvalorizado”. A avaliação é um dos eixos centrais da educação, porque através dela é possível observar e melhor promover esse processo, considerando, inclusive, as contribuições durante o próprio processo e não apenas após o seu efeito já estabelecido, já visualizado, enfim, através da avaliação podemos ajustar as práticas pedagógicas e sua eficácia.
Neste sentido e obstinada pela busca de possibilitar a reversão do atual retrato da escola que temos para a escola que podemos, Esteban traz a ideia de que a discussão sobre avaliação é parte de um processo mais amplo sobre a discussão do fracasso escolar. Para a autora a reflexão sobre a avaliação só toma fôlego e ânimo se estiver atravessada pela reflexão sobre a produção do fracasso/sucesso escolar no processo de inclusão/exclusão social.
Dentro da perspectiva de avaliar para “garantir o sucesso do aluno”, Esteban traz o importante papel do professor nesse processo. Esse profissional necessita romper com o paradigma de que a avaliação provoca o fracasso no aluno, necessita refletir sobre as diferenças encontradas em sala de aula para trabalhar com elas e dessa forma romper com as barreiras e abrir espaço para o diálogo restabelecendo a comunicação, os laços e promovendo a aprendizagem na ótica dialógica. O erro já não é mais concebido como negativo, mas sim uma nova oferta de informações, deixa de representar a ausência dos conhecimentos e a “deficiência” e assume as características e ações do conceito de “Zona de Desenvolvimento Proximal”, elaborado por Vygotsky.
A avaliação olhada sob este