Avaliação Educacional Escolar: para além do autoritarismo
Luckesi em seu texto aborda a questão do autoritarismo no contexto da avaliação escolar. Ele tenta mostrar formas de superação e avanço para além dos limites autoritários de avaliar tracionalmente.
A avaliação educacional e a de aprendizagem escolar são meios e não possuem os fins em si mesmas, pois elas estão limitadas pelas práticas e teorias que as correspondem, voltadas para uma pedagogia, que, por sua vez, atende a uma concepção teórica de educação e da sociedade. Uma vez que o sistema se engaja com o autoritarismo a prática da avaliação se manifesta de forma autoritária, estando inserida dentro de um modelo teórico de conservação e reprodução da sociedade. Sendo assim o autor pretende acabar com esses entendimentos autoritários e rígidos e, dessa forma, propõe um rompimento, situando-se num outro contexto pedagógico, ou seja, a avaliação é entendida como um mecanismo de transformação social.
A avaliação da aprendizagem escolar no Brasil, hoje, está a serviço de uma pedagogia predominantemente identificada como um modelo social liberal conservador, pois veio de uma burguesia revolucionária que durante o período da Revolução Francesa produziu três pedagogias diferentes: tradicional (centrada na transmissão de conteúdos, tendo o professor como principal figura do conhecimento); renovada ou escolanovista (valoriza os sentimentos e a espontaneidade de cada educando na produção do saber); tecnicista (baseia-se na exacerbação dos meios técnicos de transmissão e apreensão dos conteúdos, levando-se em conta o rendimento do aluno). Todas essas formas são sustentadas pela tradição, que visa uma equalização social. Contudo, isso não rendeu o efeito desejado já que este modelo social não o permitia. Era preciso, para tanto, um outro modelo social. Assim, foi surgindo uma nova pedagogia e uma nova maneira de pensar o aprendizado escolar.
Dessa maneira, surgiu: a pedagogia libertadora (baseada nos