Avaliação dos efeitos da utilização da semente de linhaça para constipação intestinal e redução do colesterol.
INTRODUÇÃO
Numerosos estudos experimentais, epidemiológicos, ensaios clínicos e metanálises estabeleceram claramente a associação entre dislipidemia e aumento do risco de morte. A elevação dos níveis plasmáticos de colesterol de baixa densidade (LDL-C), a redução dos níveis de colesterol de alta densidade (HDL-C) e também o aumento de triglicerídios (TG) são fatores de risco para eventos cardiovasculares, sendo esta a principal causa de morte no mundo. O Brasil acompanha este fenômeno internacional, apresentando estatísticas onde as principais causas de morte são as doenças cardiovasculares, com valores percentuais em torno de 25%, responsáveis por cerca de 250.000 mortes ao ano (Ministério da Saúde, 2009). De acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde, num universo de 95,5 milhões de pessoas de 20 anos ou mais de idade há 38,8 milhões (40,6%) com excesso de peso, das quais 10,5 milhões são consideradas obesas. Esse padrão se reproduz, com poucas variações, na maioria dos grupos populacionais analisados no país (IBGE, 2002-2003). Isso se torna um problema de saúde pública, uma vez que as conseqüências da obesidade para saúde são muitas, e variam do risco aumentado de morte prematura a graves doenças não letais, mas debilitantes que afetam diretamente a qualidade de vida destes indivíduos. A obesidade é frequentemente associada com hiperlipidemia e diabetes mellitus tipo 2, duas condições intimamente relacionadas com doenças cardiovasculares (PEREIRA, 2003). Esta pesquisa tem como objetivo verificar os efeitos da utilização da semente de linhaça para o tratamento da constipação e para a redução do colesterol
REVISÃO DE LITERATURA
O linho (Linum usitatissimum L.), pertencente à família das Lináceas, é originário da Ásia e cultivado em todo o mundo. No Brasil, é