Avaliação de empre
O Modelo de Avaliação de Empresas de Edwards-Bell-Ohlson (EBO) – Aspectos Práticos e Teóricos
Rubens Famá
Professor Doutor do Departamento de Administração da Faculdade de
Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, nos programas de graduação e pós-graduação. rfama@usp.br Eduardo C. Leite
Mestrando em Administração pela
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da
Universidade de São Paulo. leitee@usp.br O Modelo de Avaliação de Empresas de Edwards-Bell-Ohlson (EBO) – Aspectos Práticos e Teóricos
Resumo
Os métodos de avaliação de empresas que utilizam fluxos de caixa futuros descontados são os mais difundidos e utilizados por analistas do mercado financeiro. Este trabalho apresenta o método denominado Edwards-Bell-Ohlson ou EBO desenvolvido com base no valor contábil dos ativos e no fluxo descontado do lucro anormal (acima da taxa de remuneração exigida pelos investidores). Conceitualmente este método é consistente com os demais métodos baseados em fluxos descontados (lucros, dividendos e fluxo de caixa livre) e deve apresentar o mesmo resultado em condições perfeitas. Sua principal vantagem é superar a dificuldade em estimar um valor residual, como acontece nos demais modelos de fluxos de caixa descontados, partindo da premissa de que os lucros anormais devem desaparecer em algum instante.
1. Introdução A avaliação de ativos, em especial de empresas, é um tema recorrente em finanças. Os modelos mais difundidos defendem que o valor de uma empresa é igual ao valor presente dos fluxos de caixa esperados no futuro. Como as empresas não possuem prazo determinado de funcionamento, o cálculo de seu valor depende da estimativa de fluxos infinitos. Utilizando a lógica, o tempo que levaríamos para estimar infinitos fluxos de caixa (mesmo que trabalhássemos com a maior agilidade possível de fluxos por unidade de tempo, contanto que