Avaliação da dislipidemia em pacientes com diabetes mellitus tipo 2
MARINA SOUSA PINHEIRO MOTA
ALUÍSIO DE MOURA FERREIRA
MARIA DE FÁTIMA RAMOS DE QUEIROZ
MARIA DO SOCORRO RAMOS DE QUEIROZ
DANIELE IDALINO JANEBRO
Universidade Estadual da Paraíba e
Faculdade Maurício de Nassau,
Campina Grande, Paraíba, Brasil. dijanebro@yahoo.com.br INTRODUÇÃO
O Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da capacidade desse hormônio exercer adequadamente seus efeitos. É caracterizada por hiperglicemia crônica, freqüentemente acompanhada de dislipidemia, hipertensão arterial e disfunção endotelial (SBD, 2006).
As consequências do DM em longo prazo decorrem de alterações micro e macrovasculares que levam a disfunção, dano ou falência dos órgãos. As complicações crônicas incluem a nefropatia, com possível evolução para insuficiência renal, retinopatia, com a possibilidade de cegueira e/ou neuropatia, com risco de úlceras nos pés, amputações, artropatia de Charcot e manifestações de disfunção autonômica, incluindo disfunção sexual
(BRASIL, 2006; SBD, 2006).
Os sintomas decorrentes da hiperglicemia incluem perda inexplicada de peso, poliúria, polidipsia e infecções. Mesmo em indivíduos assintomáticos poderá haver hiperglicemia discreta, porém em grau suficiente para causar alterações funcionais ou morfológicas por um longo período antes que o diagnóstico seja estabelecido (BRASIL, 2006).
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Associação Americana de
Diabetes (ADA) o DM é classificado em três classes clínicas: DM tipo 1, DM tipo 2 e DM gestacional, sendo a segunda presente em 90%-95% dos casos e caracteriza-se por defeitos na ação e na secreção de insulina (SBD, 2006).
O número de indivíduos diabéticos está aumentando devido ao crescimento e ao envelhecimento populacional, à maior urbanização, à crescente prevalência da obesidade e do sedentarismo, bem como à maior sobrevida do paciente com