Avaliação da aprendizagem
A avaliação ideal deve agregar uma série de características. São elas: qualitativa, mais voltada à compreensão do aprendizado dos alunos, do que à sua medição; processual, que não verifica somente os resultados do processo de aprendizagem, mas também os meios utilizados para se chegar a eles; continuada, que é realizada ao longo do processo de ensino e não apenas no final da etapa de aprendizagem; e rica e diversificada, ou seja, que não prioriza tarefas intelectuais pobres, como a memorização. Testes de múltipla escolha devem ser evitados também, já que não permitem ao aluno discutir, analisar ou mesmo expor seu ponto de vista sobre o assunto em questão. A avaliação não pode servir como ferramenta para desanimar ou constranger a escola que obtiver um desempenho ruim. Ao contrário, precisa ser utilizada para incentivá-la a progredir e sanar suas deficiências.
Melhorar a avaliação é uma maneira muito interessante de melhorar o ensino e a aprendizagem. Não estou dizendo que é a única, mas é um das mais importantes. O bom uso da avaliação – quando serve para identificar desafios e é apresentada como um mecanismo de transformação e não de controle – auxilia tanto alunos, como professores.
No Brasil, o Enem se propõe a avaliar o ensino médio, servir como vestibular de instituições públicas de ensino superior e ainda produzir ranking das escolas. É adequado uma prova de avaliação servir para a comparação de escolas? Não, é uma injustiça. Os rankings de avaliação comparam o que é incomparável, confrontando