Avaliação da Aprendizagem da Escola
QUESTÃO DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
MARIANE A. G. DESSBESELL
PAULO HENRIQUE DE S. OLIVEIRA
O texto de Cipriano Carlos Luckesi inicia abordando a necessidade de compreender e levar em conta o contexto sociocultural (práticas existenciais individuais ou coletivas) o qual, segundo Freud, são expressões de conteúdos recalcados no inconsciente de cada indivíduo (superego), que, quase sempre possuem algum caráter moralista, expressadas pela fala e ação. Essas características são herdadas da família, da cultura regional, de padrões religiosos, que se manifestam, segundo Reich, no corpo, pelas “couraças musculares”, definidas como “cicatrizes do nosso caminhar pela vida”, que, para Boadella são expressas através da postura, gestos e fala (estar presente).
Em suma, podemos afirmar que nosso corpo revela nossas representações sociais, as quais orientam nossa comunicação metafórica, entretanto, Jung alerta que muitas vezes repetimos e perpetuamos essas crenças sem ter uma compreensão real de seu significado, ou mesmo de sua credibilidade.
Além do fator humano, a inconsciência coletiva também é moldada pelo ambiente e nossa interação com ele. Nesse contexto, a ação do grupo influencia as atitudes individiduais, fazendo com que cada indivíduo crie sua individualidade no grupo a que pertence. Sheldrake, chama essa influência de “ressonância mórfica”, onde o passado exerce uma pressão no presente e está potencialmente presente em todos os lugares.
Entendemos, com isso, que as representações sociais são “padrões inconscientes” de conduta formando nosso modo de ser, agir e pensar sobre nossas experiências da vida prática, onde ocorre a dialética entre passado e presente, construindo o futuro.
Partindo desse arcabouço teórico, percebe-se a necessidade de um docente compreender sua constituição individual e evitar a mera repetição de modelos inconscientes criados durante sua formação social e acadêmica na prática pedagógica, em