Avaliação como política pública educacional
A avaliação de forma geral não possui um fim em si mesma, ela vem como parte de um processo de gestão educacional, escolar, da sala de aula. Portanto a prova se encontra como parte de uma estrutura, de um sistema elaborado, e tem como função primordial mensurar, medir o desempenho de algum (ou alguns) determinado grupo sob o qual incide essa estrutura.
Ao contrário do que se pensa de forma popular as avaliações no âmbito educacional não tem como único foco (ou não deveria ter) o aluno e seu desenvolvimento. Desde dentro do âmbito de uma prova de colégio, até um exame de alcance nacional como o ENEM, as avaliações são uma importante ferramenta para se medir como estão as escolas em um Estado da nação, ou o quão bem preparados estão os professores de determinado colégio.
Assim é inegável que as avaliações tem sua relevância no cenário da educação e que possuem diversas benesses se utilizadas de forma correta. Entretanto, com o nosso mundo capitalista cada vez mais competitivo tem se buscado novas formas de se separar e de alocar pessoas em diversos rótulos e posições, em uma verdadeira infinidade de classificações. Surgiu assim nas ultimas décadas nas sociedades globalizadas uma verdadeira “cultura avaliativa” que inevitavelmente teve grande influência na estrutura pedagógica das escolas e universidades da atualidade.
Esse verdadeiro “fetiche social” de se ranquear tudo e a todos, de sempre buscar separar os que mais se destacam dos mais ordinários trouxe um grande revés para os sistemas de avaliações na educação. Aqui no Brasil, desde a abertura política, em especial a partir da década de 90, passou-se a criar inúmeros programas de avaliações, tanto para alunos, como para escolas e professores, que buscavam quantificar o desenvolvimento (ou não) desses diversos avaliados, muitas vezes estabelecendo opções de incentivos monetários ou alimentícios para alunos, professores e escolas que