Avaliaçao
Criminologia e Mídia: a campanha contra o crack e suas implicações.
V Mostra de Pesquisa da PósGraduação
Guilherme Michelotto Böes, Alvaro Felipe Oxley da Rocha (orientador)
Faculdade de Direito, PUCRS, Programa de Pós-Graduação em ciências criminais - Mestrado
Resumo A presente pesquisa visa compreender a veiculação da mídia com o consumo de Crack. Assim, a mídia local propôs uma campanha publicitária de cunho social pela qual “visa desestimular” o consumo dessa substância entorpecente. Entretanto essa campanha midiática não estendeu seus efeitos “negativos” que ela poderá ter sobre a população, bem como os atores jurídicos e sociais envolvidos/atingidos. Buscará compreender os termos adotados na classificação da substância crack; os termos sociológicos e jurídicos empregados nessa campanha; os agentes e atores sociais atingidos; no que se constituiu, materialmente, a referida campanha; quais os seus propósitos declarados e subliminares; quais os campos sociais se definem em luta e quais são os interesses objetivos e simbólicos em disputa, assim, quais as razões que legitimam essa dinâmica. Por fim, analisar-se-á as formas de violência praticada por essa campanha, questões de toxicomania e entender a mídia desde sua forma e conteúdo. Introdução A mídia como forma de poder cultural diferente de instituições como a escola, igreja, que propagam suas informações e comunicações a partir da interação face a face de indivíduos, essas instituições se ocupam com a transmissão de conteúdos simbólicos adquiridos (o conhecimento) e com o treinamento de habilidades e competências.1, ao contrário a mídia propaga o poder no espaço e tempo. O espaço e tempo da percepção demonstram o grau de fixação da forma simbólica, mídia propaga em variadas formas, seja com imagens telesivas, comunicação através de rádio, jornal, de forma altamente aleatória e
V Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação – PUCRS, 2010
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para variados tipos de indivíduos, promove um