AVA - DPP
Fusões e aquisições tendo como alvo companhias emergentes superou em volume as operações na Europa até setembro. O volume de fusões e aquisições tendo como alvo empresas brasileiras neste ano foi o segundo maior entre os mercados emergentes - atrás apenas da China -, segundo um levantamento da consultoria britânica Dealogic. Até setembro, a Dealogic registrou 375 operações que resultaram na troca de mãos de ativos de empresas brasileiras, alcançando quase US$ 76 bilhões. A compra de parte da Brasilcel, controladora da Vivo, pela espanhola Telefônica por US$
9,6 bilhões em maio lidera a lista.
Esse volume só foi maior na China, onde foram registradas 2.689 operações, superando US$ 134 bilhões. Há quatro anos o número de fusões e aquisições tendo como alvo companhias de países emergentes vêm superando o numero de operações semelhantes tendo como alvo as empresas de países europeus. No entanto, pela primeira vez, tendência semelhante foi registrada em termos de volumes alcançados nessas operações.
Para o período de janeiro a setembro, o volume de fusões e aquisições de companhias europeias desabou do pico de US$ 1,85 trilhão atingido em 2007 para US$ 556 bilhões neste ano. Já os países emergentes reagiram melhor aos efeitos da crise. As fusões e aquisições tendo como alvo companhias destas economias chegaram a US$ 913 bilhões em
2007, caíram nos anos seguintes e voltaram a se recuperar neste ano, atingindo US$ 578 bilhões.
Brics
Deste total, os quatro Brics (China, Brasil, Índia e Rússia, nessa ordem) respondem por mais da metade: US$ 311 bilhões.
Para analistas, os números mostram o dinamismo e a atratividade dos países emergentes, e dos Bric em particular, em comparação com os países ricos fortemente afetados pela crise econômica. Em quinto lugar entre os países mais procurados e pouco atrás da Rússia aparece o México, onde as fusões e aquisições tendo como