Autorretrato
Não há muito o que desvendar
Tenho os meus complexos como todo mundo
Tenho também minhas vaidades
Tenho meus segredos
Minhas habilidades
Minhas desilusões
Minhas maldades
Tenho tudo isso nessa perfeita desordem
E assim Sou
E vou vivendo esse eterno caos interior.
Quis me organizar,
Tantas foram as falácias
Que tentei me encaixilhar
Fui para um lado e para o outro
Mas o espaço era estranhamente pequeno
Então voltei a desordem e decidi
Sou assim mesmo e daí?!
Sou triste e sou feliz
Sou água e sou fogo
Sou calmaria e tempestade
Sou português e matemática
De uma forma emblemática
Eu sou mesmo é pro-blemática
Tentei negar
Mas pra que?
A negação incomoda
Resolvi reafirmar e incomodar ainda mais
Agora vamos por parte
Para entender tal descontrole:
Escuto desilusões alheias
E tenho que eufemizar
Tento fazer sonhar
E sou tachada de realista
Por momentos chego a confundir as correntes, bem verdade…
Mas nada que tire a simbologia das palavras
Querem mesmo é que eu seja bilaquiana
Mas a minha forma é falsamente original para conseguir tal façanha
Então vos digo logo
Sem mais e sem dó
Pra sentar no divã da pró
Tem q ter nervos de aço
Pois gente com mente deturpada
Não cabe no meu espaço
E se meu ofício é “causar”
O farei com perfeição
Pro-blemática
Com prazer
Essa é minha profissão.
Aline Pinheiro
O meu prefixo me define
Não há muito o que desvendar
Tenho os meus complexos como todo mundo
Tenho também minhas vaidades
Tenho meus segredos
Minhas habilidades
Minhas desilusões
Minhas maldades
Tenho tudo isso nessa perfeita desordem
E assim Sou
E vou vivendo esse eterno caos interior.
Quis me organizar,
Tantas foram as falácias
Que tentei me encaixilhar
Fui para um lado e para o outro
Mas o espaço era estranhamente pequeno
Então voltei a desordem e decidi
Sou assim mesmo e daí?!
Sou triste e sou feliz
Sou água e sou fogo
Sou calmaria e tempestade
Sou português e matemática
De uma forma