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Essa prática ficou conhecida como mecenato. E ao mesmo tempo em que impulsionava as artes e as ciências, contribuía para reafirmar a autoridade política daquelas pessoas que financiavam e protegiam os artistas. Afinal, os que recebiam financiamento expressavam, em grande parte, valores defendidos pelos mecena.
Talvez a mais marcante característica do Renascimento tenha sido a valorização do ser humano. O humanismo (ou antropocentrismo, como é chamado com frequência) colocou a pessoa humana no centro das reflexões. Não se trata de opor o homem a Deus e medir forças. Deus continuou soberano diante do ser humano. Tratava-se, na verdade, de valorizar as pessoas em si, encontrar nelas as qualidades e as virtudes negadas pelo pensamento católico medieval.
Os renascentistas acreditavam que uma pessoa poderia vir a aprender e, a saber, tudo o que se conhece. Seu ideal de ser humano era, portanto, aquele que conhecia todas as artes e todas as ciências. Leonardo da Vinci foi considerado, por essa razão, o modelo do homem renascentista, pois dominava várias ciências e artes plásticas. Ele conhecia Astronomia, Mecânica, Anatomia, fazia os mais variados experimentos, projetou inúmeras máquinas e deixou um grande número de obras-primas pintadas e esculpidas. Da Vinci foi à pessoa que mais conseguiu se aproximar do ideal de universalidade.