Autonomia- kant
Autonomia é quando o homem pensa por si próprio, ou seja, sem a orientação de outras pessoas, guiando-se apenas pelo seu próprio senso crítico. Essa condição além de trazer liberdade, por consequência, traz a responsabilidade de se assumir como próprio dono tanto de sua glória como de sua derrota.
O processo da autonomia, é longo e complexo, pois estamos tão acostumados a seguir "ideias prontas" que quando tentamos ser livres de verdade, tropeçamos em velhos hábitos, permitindo que nossos pensamentos e ações sejam influenciados por agentes externos como a preguiça, o medo e outros sentimentos portanto, deixamos de ser autônomos. Esse tipo de comportamento, Kant chamava de Heteronomia, que é o contrário de Autonomia. Heteronomia é a aceitação de normas que não são nossas, mas que reconhecemos como válidas para guiar a nossa consciência e, portanto, discernir o valor moral dos nossos atos, ou seja é a condição de submissão de valores e tradições, a obediência passiva aos costumes por conformismo ou por temor à reprovação da sociedade ou dos deuses. Kant acreditava que por meio da educação e do conhecimento o homem poderia sair dessa condição de minoridade auto imposta e caminhar rumo à sua maioridade (Autonomia).
A única exigência para se ser autônomo é ser plenamente livre, entretanto, até hoje o pensamento livre ainda não é muito explorado e quando alguém tenta seguir esta filosofia, de ser questionador e acreditar em suas próprias ideias, acaba sendo mal visto pela sociedade. A liberdade do pensamento só pode ser aplicada em sua totalidade quando é usada por todos e não restrita apenas a uma minoria.
Não vivemos em uma época esclarecida e sim de esclarecimento, ou seja, mudanças estão acontecendo, porém é um processo longo e que caminha lentamente.