AUTONOMIA DO BANCO CENTRAL
Brasil?
Essa é uma pergunta que muitas pessoas tem feito aos economistas ultimamente.
Uma resposta completa demandaria entrar em termos técnicos e no famoso “economês” ,como autonomia operacional, independência de instrumento e independência de objetivo. Então vou tentar falar o que eu penso da maneira mais simples possível.
De forma objetiva, acho que os candidatos se referem à independência de instrumento, ou seja, deixar o
Banco Central livre de interferência política, sem precisar financiar déficits do governo direta ou indiretamente e definindo a taxa de juros (o principal instrumento de política monetária) adequada para alcançar o objetivo, acordado, aí sim, juntamente com outras esferas como Fazenda, Planejamento, etc.
No caso, o objetivo é a meta de inflação.
Desde 1999, quando foi introduzido o Sistema de Metas de Inflação, em que se definiu um centro da meta e bandas (taxas mínimas e máximas aceitáveis) dentro das quais a inflação poderia flutuar, dando também alguma margem para a suavização dos ciclos econômicos (não deixar a economia crescer demais, pressionando a inflação, conta corrente, etc, nem deixar cair muito, evitando aumento excessivo do desemprego) com a execução de política monetária tem-se buscado atingi-la; muitas vezes, principalmente nos primeiros anos do novo sistema, as metas não foram atingidas e o Banco Central foi obrigado a emitir uma nota explicando os motivos pelos quais a meta não foi atingida, as medidas que tomaria para que fosse cumprida posteriormente, etc.
Tudo isso, principalmente por questões de credibilidade: passamos mais de duas décadas, com inflação altíssima, chegamos à hiperinflação, criamos cinco planos econômicos pra tentar eliminar esse problema
(que gera muitos outros problemas, sem contar as jogadas contábeis e mutretas pra camuflar dados), até chegarmos ao Plano Real.
O Plano Real, não pode ser jogado no lixo