Autonomia de usuários do Caps
INSTRUMENTOS PARA A (RE)INSERÇÃO SOCIAL DOS SUJEITOS
James Araújo Silva1
DalneyMinuzziDelevati2
RESUMO
O presente artigo é composto de uma revisão bibliográfica que aborda atitudes e ações para promover autonomia dos usuários dos Centros de Atenção Psicossocial(Caps). O fator autonomia é decorrente do processo de adquirir habilidades sociais e do fortalecimento da identidade do sujeito. Para tanto, o mesmo deve ser incluído em uma rede de práticas de cunho integrador. Está em foco nesse trabalho as atividades administradas pelas equipes que tem como finalidade fomentar a autonomia, inclusão social e cidadania junto ao portador de transtorno mental e sociedade. Tais fazeres são realizados levando em consideração a proposta da Clínica Ampliada e foram implantados a partir da Politica Nacional de Saúde Mental que prevê a desinstitucionalização do portador de transtorno mental para promoção de integração social e protagonismo em seu meio de convivência.
PALAVRAS-CHAVE: Luta Antimanicomial –Autonomia –Caps – Transtorno mental
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INTRODUÇÃO
A população brasileira acometida de transtornos mentais, de acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (2010), chega a 23 milhões de pessoas. Tal número representa 12% do total da população do país.Incluídos nesse montante estão 5 milhões de pessoas que sofrem de algum transtorno mental grave e persistente como esquizofrenia, transtorno bipolar e depressão severa.
Os portadores desses transtornos tendem a ser estigmatizados e rotulados, acabando segregados à condição de inadequados ou inaptos. Com relação a esses aspectos sociais, Goffman (2008, p. 14) aponta que: “um indivíduo que poderia ter sido facilmente recebido na relação social quotidiana possui um traço que se pode impor à atenção e afastar aqueles que ele encontra, destruindo a possibilidade de atenção para outros atributos seus”. Em outras palavras, apesar de um portador de transtorno mental, muitas vezes, ter