automedicaçao
No Brasil, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas cerca de 80 milhões de pessoas são adeptas da automedicação. Um levantamento feito pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) constatou que 68% de 2.789 estabelecimentos farmacêuticos vendeu antibióticos sem receita médica, de junho a setembro do ano passado.
Nos últimos cinco anos “medicamentos” ocupam o primeiro lugar entre as causas de intoxicações humanas registradas no Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas – Sintox, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde - Icict/Fiocruz.
Existe um ditado popular que diz: “De médico e louco todo mundo tem um pouco”. Pelos números apresentados pediríamos dizer que muitos brasileiros estão confiando no dito popular e exercendo a prática médica, receitando um remedinho aqui outro ali. Entretanto, é preciso estar atento aos danos que essa prática antiga pode trazer a saúde.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a automedicação pode causar: diagnóstico errado da doença; escolha da terapia inadequada; retardo do reconhecimento da doença com possibilidade de agravamento do quadro; ingestão errada de medicamentos; efeitos indesejáveis graves.
Além disso, quem utiliza remédio sem prescrição médica não reconhece os riscos farmacológicos especiais e desconhece as possíveis interações com outros medicamentos e, no caso de antibióticos, ignora a resistência em relação a esse tipo de medicamento.
De acordo com a Anvisa, “a resistência microbiana natural ou adquirida aos antibióticos vem aumentando em todo o mundo, e, em particular, no ambiente hospitalar. O uso indiscriminado de antibióticos pode agravar o problema, facilitando o surgimento de bactérias e outros microrganismos cada vez mais resistentes, reduzindo a eficácia dos medicamentos”.
O uso indiscriminado de antibióticos, segundo o clínico geral, Acyr