Automação industrial
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3.1 – INTRODUÇÃO
A geometria da ferramenta de corte exerce influência, juntamente com outros fatores, a usinagem dos metais. É necessário, portanto, definir a ferramenta através dos ângulos da “cunha” para cortar o material. A Figura 3.1 ilustra este princípio para diversas ferramentas.
Figura 3.1 – Princípio da cunha cortante
O ângulo de cunha é dimensionado de acordo com a resistência que o material usinado
oferece ao corte. Essa resistência será tanto maior quando maior for a dureza e a tenacidade do material. A Figura 3.2 exemplifica a variação do ângulo de cunha de acordo com a dureza do
material.
Figura 3.2 –Variação do ângulo da cunha, em função da dureza do material.
Somente o ângulo de cunha não garante que o material seja cortado com sucesso, outros ângulos também assumem papel importante e estão relacionados com a posição da ferramenta em relação a peça. A Figura 3.3 ilustra uma ferramenta de corte (ferramenta de plaina) com os ângulos de folga(α), e de saída(γ).
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γ α Figura 3.3 – Ângulo de folga (α) e de saída (γ) para uma ferramenta de corte de plaina.
3.2 – DEFINIÇÕES
As seguintes definições adotadas são necessárias para a determinação dos ângulos da cunha cortante de uma ferramenta de usinagem. As definições são mais bem compreendidas através das
Figuras 3.4, 3.5 e 3.6.
Cunha de corte: é a cunha formada pelas superfícies de saída e de folga da ferramenta.
Através do movimento relativo entre peça e ferramenta, formam-se os cavacos sobre a cunha de
corte.
Superfície de Saída (Aγ): é a superfície da cunha de corte sobre o qual o cavaco desliza.
Superfície de folga (Aα): é a superfície da cunha de corte, que determina a folga entre a ferramenta e a superfície de usinagem. Distinguem-se a superfície principal de folga
Aα e a
superfície secundária de folga Aα’.
Figura 3.4 – Cunha cortante e as direções de corte e avanço definindo o plano de trabalho