automação bancária
ERA DIGITAL
Cinco décadas de automação
A
tecnologia de automação bancária atingiu no Brasil um alto nível de excelência. O setor bancário pode ser hoje considerado um dos únicos em que o desenvolvimento local de tecnologia se igualou aos equivalentes estrangeiros, ou até mesmo os superou. Ao rever sua história, é possível observar quais processos de inovação que, além de promover a substituição de equipamentos e a racionalização do trabalho, trouxeram uma nova forma de conceber os serviços bancários no país.
MARCELO BREYNE / KROPKI
por Eduardo H. Diniz FGV-EAESP
Um cliente de banco pode hoje facilmente acessar de casa sua conta. Estas operações, simples e rápidas, que exigem apenas um micro-computador e acesso à Internet, são fruto de um processo de evolução que envolveu instituições financeiras, consultores de tecno-
logia de informação, órgãos de governo e diversos outros atores.
A história da automação bancária no Brasil envolve não apenas evolução tecnológica, mas principalmente uma sucessão de mudanças na forma de conceber a natureza
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ERA DIGITAL: CINCO DÉCADAS DE AUTOMAÇÃO
do próprio serviço bancário (ver Diagrama 1). Revela ainda importantes conquistas em termos de capacitação interna do país para o desenvolvimento de tecnologias próprias.
Os CPDs dos anos 60. Os primeiros computadores instalados em bancos brasileiros foram importados no início dos anos sessenta. Depois do Bradesco, que instalou seu primeiro computador em 1962, o Banco Nacional, o
Itaú e o Bamerindus adquiriram seus mainframes. O objetivo era automatizar as operações de suporte, o back-office.
Esse impulso de investimento em tecnologia foi incentivado pela forte concentração bancária ocorrida depois das reformas no setor, implantadas a partir de 1965 pelo governo militar.
em forma de listagens, para as agências no dia seguinte, permitindo