Autofinanciamento
Com as novas mídias móveis digitais, amplia-se as possibilidades de consumir, produzir e distribuir informação, fazendo com que esta se exerça e ganhe força a partir da mobilidade física. Por exemplo, o simples ato banal de enviar um SMS, uma foto, postar no blog ou alimentar redes sociais com um telefone celular, revela essa nova relação sinérgica entre as mobilidades, impossível com os mass media. Com estes era possível apenas o consumo em mobilidade (ouvir rádio no carro, ler um livro no avião ou revista e jornal no ônibus...), sendo a capacidade produtiva rara e a de distribuição imediata impossível. (LEMOS, 2009b, p.5) A familiaridade dos jovens e das crianças com as novas mídias e o seu crescente interesse pela produção colaborativa de conteúdos são decorrentes da popularização dos computadores e da internet e agora potencializados pela presença dos celulares entre eles. Esses pequenos aparelhos multimídia, que pesam aproximadamente 100 gramas, que o acompanham por todos os lugares, são usados como relógio, despertador, agenda, gravador de voz, bússola, rádio, câmera fotográfica, etc. enfim são capazes de simbolizar com precisão os conceitos de convergência midiática e sem dúvida alguma têm mudado radicalmente as tradicionais formas de comunicação e consumo entre os indivíduos dessa faixa etária (EHRENBERG; GALINDO, 2010). A geração digital, interativa ou multitarefas tem como características básicas saber lidar com novidades tecnológicas, dividir sua atenção em diferentes atividades ao mesmo tempo, manter suas amizades e relacionamentos mais digitalmente e menos pessoalmente, realizar atividades como trabalhos escolares, pesquisas e leitura de notícias pela internet e, acima de tudo, considerar todas essas práticas como algo natural em seu dia-a-dia (EHRENBERG; GALINDO, 2010).
Na década de 90 ter um telefone celular era, quase sempre, uma questão de status. O interesse ia muito além da funcionalidade. Os usuários eram