Autoestima
Num país como o Brasil, descobrir forças para levantar a auto-estima sempre foi um desafio. A felicidade e o sucesso, em todos os sentidos da vida, estão relacionados à auto-estima. Só consegue amar o próximo aquele que realmente se gosta e/ou se relaciona bem consigo mesmo. A perplexidade constante diante de autocríticas indica que é preciso, inicialmente, trabalhar numa auto-avaliação. O desprezo ao auto-conhecimento implica na incapacidade do indivíduo de se arriscar e tomar decisões necessárias para levar uma vida plena. A carreira, um relacionamento, uma amizade e a relação que o indivíduo tem com a família, tudo isso tem grandes chances de desmoronar quando se tem uma baixa auto-estima.
Valorizar a si mesmo e alimentar o amor próprio é imprescindível para se ter uma vida saudável, mas, infelizmente, o discurso da mídia sobre os padrões aceitáveis por certos grupos sociais ainda é uma das maiores barreiras para quem está disposto a tentar. No Brasil, segundo pesquisa realizada, a maioria dos brasileiros tem tendência a se diminuir e viver embriagado em meio a uma pasmaceira extremamente passiva, a ponto de aceitar qualquer tipo de extorsão e/ou exploração do mundo externo. Existe uma grande massa com complexo de inferioridade em nosso país, em sua maioria crianças e adolescentes, pois quando se é adulto alguns complexos podem ser controlados, ou melhor, camuflados.
Os pequenos tupiniquins passam o início da infância sendo amedrontados e aterrorizados por canções de ninar aparentemente inocentes, ou seja, desde cedo, nossas crianças, ainda bebês, já são obrigadas a encarar tragédias. Que tal "O cravo brigou com a rosa, debaixo de uma sacada. O cravo saiu ferido e a rosa despedaçada!" ou "Boi, boi, boi! Boi da cara preta, pega esse menino que tem medo de careta!" ou ainda "Nana neném que a cuca vem pegar!"? É difícil acreditar que a maioria das crianças conseguem dormir escutando esse tipo de contexto. Elas dormem, mas o medo