Autodepuração de corpos d'água
INTRODUÇÃO
A poluição dos corpos d’agua é um grave problema enfrentado pelo Brasil e por muitos outros países, principalmente os menos desenvolvidos. Essa poluição se deve ao lançamento de efluentes, sem o tratamento adequado ou até sem nenhum tratamento, o que pode gerar diversos danos tanto ao ecossistema, como diminuição da biodiversidade local, quanto à população local, através da proliferação de doenças. Desse modo, criar, estudar e entender mecanismos de controle e prevenção desse problema se tornou imprescindível.
Um dos principais problemas decorrentes da poluição é a redução da concentração de oxigênio dissolvido na água, devido à decomposição de matéria orgânica, após o lançamento de esgoto, sendo este um fator limitante para a manutenção da vida aquática. A quantidade de oxigênio dissolvido na água necessária para a decomposição da matéria orgânica é chamada de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO).
O processo de Autodepuração da água está relacionado com a concentração de matéria orgânica e de oxigênio dissolvido na água.
1 A AUTODEPURAÇÃO DE CORPOS D’ÁGUA
De acordo com Sperling (1996), o fenômeno da autodepuração consiste no reestabelecimento do equilíbrio do meio aquático, ou seja, a busca pelo estágio anterior ao lançamento dos poluentes, de origem necessariamente orgânica, por meios essencialmente naturais. Esse fenômeno decorre de processos de natureza física (diluição, sedimentação e aeração), química e biológica (oxidação e decomposição). Esses processos geram produtos e subprodutos estáveis, que passam a fazer parte do ambiente, sendo menos indesejáveis. Assim, devido a esses produtos, o ecossistema, após a depuração, atinge um novo equilíbrio, diferente do equilíbrio anterior ao lançamento dos efluentes. Considera-se que um corpo d’água esteja depurado quando suas características não sejam mais conflitantes com o uso e a ocupação do trecho do curso d’água.
Ao se estudar esse fenômeno, deve-se levar em