auto retrato
Não sou alta nem sou baixa
Não sou gorda nem sou magra
Rosto oval, pele morena
Lábios grossos e rosados
Olhos meigos e sonhadores
Livres como o mar
Cabelos castanhos e compridos
Difíceis de domar
Orgulho-me de ser
Honesta e compreensiva
No entanto também sou
Sensível e divertida.
Conto
-Retirem a âncora! – Exclamou o comandante apressado.
Aquele navio era o maior do mundo. Naquele navio já navegaram milhões de pessoas, desde a mais baixa à mais alta sociedade. Era naquele navio que eu estava. “Blue Bird”, mais conhecido como BB, era a mais bonita e luxuosa embarcação de todos os tempos! Arregacei a manga da camisa e olhei para o relógio: 22h47. De repente, uma voz grave e fria invadiu cada canto do BB: -As luzes apagar-se-ão dentro de 10 minutos. Por favor, dirijam-se às vossas camaratas. Foi, então, que troquei de roupa e me aconcheguei nos lençóis da minha cama. Acordei sobressaltado com um rápido e estrondoso ruído, que me pareceu vir das casas-de-banho. Meio ensonado, afaguei a franja e procurei a lanterna que colocara entre o duro colchão e a almofada. Levantei-me, calcei os chinelos e caminhei, lenta e cuidadosamente, até às casas-de-banho. Porém, antes de lá chegar, passei por algo que me chamou a atenção: uma sala. Uma pequena sala em tons luminosos e brilhantes, onde apenas se encontrava um antigo cofre, castanho e ferrugento, coberto de conchas e pérolas do mar. Ao aproximar-me deste, senti uma estranha presença que me fez estremecer. Virei-me para trás e, aliviado, deparei-me com um simples velho corcunda com uns enormes olhos azuis brilhantes como eu nunca antes vira. -Essa caixa… - começou o velho, com uma voz rouca e tremida, enquanto caminhava na minha direcção. – Essa caixa é a mais procurada desde que este navio começou a funcionar. -Esta caixa? O que tem ela de especial? – perguntei curioso. -Contém um mapa para a Ilha de Tsukai, onde está escondida a famosa e única Pérola Calvisky. E tu,