Auto- Estima e adapção (pacientes ostomizados)

Auto estima e Adaptação

1-INTRODUÇÃO
O aumento da expectativa e qualidade de vida, desperta uma preocupação crescente com a incidência de câncer, que ocupa o 2º lugar em óbitos da população brasileira, tornando-se um problema de saúde pública. Aqueles acometidos por câncer de colón e reto em sua maioria são submetidos a cirurgias, muitos necessitando de algum tipo de estomia. Estomia é a abertura de origem cirúrgica, criada para desviar, temporária ou permanentemente, o trânsito normal da alimentação e/ou eliminações. São classificadas conforme a função, a colostomia é a mais freqüente, caracteriza-se pela exteriorização do cólon através da parede abdominal, com o objetivo de eliminação fecal. A ileostomia consiste na abertura artificial entre o íleo, no intestino delgado e a parede abdominal. Pode ser a exteriorização de condutos urinários na parede abdominal denominada de urostomia. ¹ Existem outras causas que levam a exteriorização de uma estomia, entre elas: os traumatismos, as doenças congênitas e as doenças inflamatórias.2
Segundo Baxter e Salter (2000) mais de treze mil pacientes que são submetidos à cirurgia de câncer colorretal cada ano no Reino Unido, acabam sendo submetidos à confecção de um estoma. Segundo a Associação Brasileira de Ostomizados, estima-se que no Brasil há cerca de 50 mil estomizados.3,4
Para os pacientes, após a cirurgia que resulta em estomia, sua existência passa a ser representada na materialidade do seu corpo, que frente à estomização, passa a ser reconhecido como dependente de equipamentos e sem controle esfincteriano.5
Os autores Santos et al (2007) também reforçam que após o processo cirúrgico o estomizado encontra-se diante de transformações fisiológicas, limitando suas atividades cotidianas, exigindo cuidados com a bolsa coletora. Nesse momento sentimentos diversos devem surgir, conflitos, preocupações e dificuldades impondo limitações em sua rotina. Pacientes e familiares vivenciam a experiência do processo de