auto barca do inferno
INFERNO
GIL VICENTE
• Teatro vem de Theatron (grego) – significa “o que se vê”
• Tem origem na Grécia
• O Homem sentiu a necessidade de exteriorizar os seus sentimentos e as suas sensações
• Assim, nasceram os atos lúdicos, a dança e mais tarde o que chamamos teatro
• Começou por ser a narração de lendas ligadas aos deuses da mitologia grega
• Na Grécia e Roma antigas, os escritores produziam tragédias e comédias
Para se compreender o “Auto da Barca do Inferno” deve-se ter presente que esta obra foi escrita num período da história que corresponde à transição da Idade média para a
Idade Moderna.
O seu autor, Gil Vicente, enquadra-se justamente nesse momento de transição, ou seja, está ligado tanto ao medievalismo quanto ao humanismo. Esse conflito faz com que Gil Vicente pense em Deus e ao mesmo tempo exalte o homem livre.
O reflexo desse conflito interior é visto claramente na sua obra, pois ao mesmo tempo que critica, de forma impiedosa, toda a sociedade de seu tempo, adoptando assim uma postura moderna, tem ainda o pensamento voltado para Deus, característica típica do mundo medieval.
• Gil Vicente (dramaturgo de cariz satírico) utiliza vários processos geradores do riso na sua crítica social
(SÁTIRA)
• Criticar, provocando o riso nos espectadores, não só era mais divertido e adequado à função lúdica que o teatro vicentino tinha, como também permitia que a crítica fosse mais facilmente aceite.
• O teatro de Gil Vicente é de natureza e alcance social, logo NÃO visa criticar indivíduos determinados,
MAS instituições, classes ou grupos sociais, por isso é que ele utiliza as personagens-tipo.
O “Auto da Barca do Inferno”foi apresentado pela primeira vez em 1517, à rainha D. Maria de Castela
Este Auto, classificado pelo próprio autor como um “auto de moralidade”, tem como cenário um porto imaginário, onde estão ancoradas duas barcas: uma como destino o paraíso, tem como comandante um