autismo

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As relações entre educação e autismo: teorizando sobre a história do sujeito...
A primeira experiência registrada na literatura de autismo é datada em 1800 e descreve as relações médico-pedagógicas entre o médico Jean Itard e um menino que fora encontrado nas florestas ao sul da França, e que, posteriormente, ficaria conhecido como Victor de Aveyron. No momento do encontro, o garoto estava nu, aparentava ter 12 anos, resistia a qualquer tentativa de contato, fugindo com agilidade. Não falava e parecia ser surdo.

O menino destinava a ser interno de um hospital psiquiátrico, Itard argumenta que as dificuldades de Victor não seriam somente de ordem orgânica, mas estariam associadas a uma privação do contato social. Essa forma de compreensão a respeito da condição de Victor determinou suas possibilidades de aprendizagem, de desenvolvimento, de inserção e circulação social, enfim determinou sua vida e seu futuro, não só o futuro individual do garoto, como o da história da educação, e desses sujeitos que ainda hoje, com freqüência, são considerados como “incapazes de construírem aprendizagens”.
Caso o olhar de Pinel tivesse prevalecido,Victor teria sido mais um dos pacientes dos hospícios franceses, exposto a um “atendimento” que era sinônimo de isolamento e abandono.
A guarda do garoto selvagem foi destinada ao jovem médico Itard que se propôs a torná-lo “apto ao convívio social”. Desenvolveu com o garoto um programa de ensino que compreendia a educação dos sentidos, ou seja, o aprendizado das sensações, e as transformações dessas, em operações como julgar, comparar, raciocinar.
Pesquisas apontam para a ausência e a precariedade de serviços destinados ao autismo. O estudo realizado por Oliveira (2002) mostra que das oito instituições pesquisadas que se destinam a prestar atendimento aos sujeitos com diagnóstico de autismo, somente uma desenvolve uma abordagem pedagógica, priorizando a dimensão educacional. As outras sete, se caracterizam por terem uma abordagem

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