australia
Sobre a história cinematográfica australiana pouco posso dizer, embora “Vem Dançar Comigo” e “Moulin Rouge”, do mesmo Baz Luhrmann, estejam em minha (longa) lista de filmes favoritos. De fato, o novo filme de Baz Luhrmann é muito bom. Numa produção caprichada, fotografia de primeira e ótimas interpretações, o filme emociona e tem tudo para agradar tanto os espectadores que gostam de filmes de ação ou guerra, quanto os que vão aos cinemas em busca de uma bela história de amor.
Nicole Kidman de fato está excelente, mas dizer que este é seu melhor papel está longe da verdade. Mesmo em “Moulin Rouge”, do mesmo diretor, mas principalmente em “As Horas” e “Os Outros”, entre outros que neste momento não vou lembrar, Nicole tem desempenhos soberbos em papéis de igual ou maior dificuldade. Hugh Jackman não teve qualquer dificuldade com seu papel que explora bastante seu porte físico mas exige pouco de seu grande talento: ainda assim, em bons momentos, Jackman emociona. Mas o filme é mesmo do pequeno Brandon Walters. Rouba todas as cenas com uma interpretação sincera e emocionante.
Guardadas as devidas proporções, o filme lembra “… E o Vento Levou”, além de homenagear “O Mágico de Oz”, sendo ambos filmes do chamado Ano de Ouro do cinema americano, 1939. Como o primeiro, parece dois filmes em um, e às vezes cansa o espectador pelo tamanho excessivo, mas tem a grandiosidade de um grande épico. Como o segundo, traz lirismo e magia, tão necessárias aos filmes quanto à vida de quem os assiste. Um ótimo filme, que se você não viu deve pegar em DVD.
Em tempo: algumas curiosidades sobre o filme. Russell Crowe foi cotado para ser protagonista de Austrália, mas não aceitou a oferta dos