austenita
Conforme visto em página anterior, a martensita é a estrutura básica formada no processo de têmpera, que tem como resultado um expressivo aumento da dureza do aço.
Em razão das posições das linhas de início e de fim da transformação (Mi e Mf no diagrama), há necessidade de um rápido resfriamento para que ela ocorra.
Na prática, isso é obtido através da imersão da peça em um meio adequado (água ou óleo, por exemplo). Em alguns casos, jatos de ar são suficientes para a operação.
Curva de resfriamento - Têmpera e revenido
Fig 01
A linha indicativa do processo no diagrama TTT da Figura 01 dá uma idéia das etapas. O resfriamento é a parte esquerda da curva, isto é, da temperatura pouco acima de A até pouco abaixo de Mf.
Considerando a inércia térmica do metal e a rapidez do resfriamento, conclui-se que este último não se dá de maneira uniforme. Quanto mais próximo do meio de resfriamento, maior a velocidade. Assim, há duas curvas extremas, uma para a superfície e outra para a região central.
A dureza da martensita e as tensões resultantes das diferenças estruturais provocadas pelas diferentes velocidades de resfriamento resultam em um material bastante duro, mas frágil e com reais possibilidades de trincas ou deformações, a depender do nível dessas tensões.
Em peças de pequenas dimensões ou seções, esses efeitos podem ser algumas vezes tolerados, mas são bastante prejudiciais ou inaceitáveis na maioria dos casos.
O revenido é um tratamento posterior à têmpera, que consiste em elevar a temperatura até certo nível e manter por algum tempo, conforme restante da curva verde da Figura 01.
O resultado é um alívio das tensões internas e redução da dureza, tanto maior quanto maiores a temperatura e o tempo de revenido.
Dureza e impacto x temperatura de revenido para aço com 0,45% de carbono
Fig 02
Pode-se dizer, portanto, que a operação de revenido ajusta a dureza desejada da peça. Se a dureza