Ausencia do negro no livro didático
AMARGOSA – BA
2012
COMO O NEGRO É VISTO NO LIVRO DIDÁTICO
Como Deve sentir-se um aluno, que ao abrir o seu livro didático não se vê ali representado? Ou é marginalizado na história do seu próprio país, e que nada construiu, a não ser pelo seu trabalho braçal?Durante muitos anos, a nossa educação foi pautada numa estrutura que não contemplava todo brasileiro, pois grande parte da população enxergava-se no modo contrário do que queria ser visto. Negro ou afro-brasileiro tinha a sua parcela como um ser escravizado que exercia o trabalho fatigante, e perdia a forma de suas contribuições para a formação do nosso estado brasileiro em todos os aspectos. Essas ideias foram construídas através da visão etnocêntricas do povo branco que “construiu mentalmente” o nosso país, fortalecendo a marginalização do negro na estrutura social que a prevalece sobre o Brasil e o mundo. Historicamente essa visão foi idealizada pela elite brasileira do século XIX, que com as lutas abolicionistas e republicanas ficaram preocupados com a ociosidade deste contingente, temendo assim revoltas e levantes contra o império e ou república. Sendo assim está minoria dominante procurou mecanismo para controlar o acesso da dessa maioria aos bancos escolares. Segundo Ana Rita Santiago, em seu artigo Lei 10.639/03: Por uma educação antiracista e antidiscriminatória: “O Brasil colônia, império e república teve historicamente, no aspecto legal, uma postura ativa e permissiva diante da discriminação e do racismo que atinge a população afro-descendente brasileira até hoje. O decreto nº. 7.031-A, de 6 de setembro de 1878, estabelecia que os negros só podiam estudar no período noturno e diversas e estratégias foram montadas no sentido de impedir o acesso pleno dessa população aos bancos escolares”. Ao longo dos anos, essa postura do estado culminou numa sociedade desigual, pois a igualdade social não era o tema mais importante para o poder público. Que tentava