Ausculta fisiologia
As vibrações produzidas em estruturas cardíacas e vasculares, durante o ciclo cardíaco, propagam se até a superfície do corpo, obedecendo às leis da Física, que regem a condução de ondas através de meios de constituição diversa. Elas apresentam, na interface entre tais meios, refração e reflexão, com perda progressiva de energia ao longo do trajeto. Os ruídos e sopros produzidos no sistema cardiovascular correspondem a fenômenos sonoros que podem ser descritos de acordo com três características físicas fundamentais: intensidade (amplitude), freqüência (tonalidade) e qualidade (timbre). A intensidade de uma onda sonora diz respeito à quantidade de energia por unidade de área, perpendicular à direção de propagação, que compõe o referido som. A freqüência da onda sonora corresponde ao número de vibrações que ocorrem por unidade de tempo, sendo expressas, geralmente, em ciclos por segundo (cps) ou Hertz (Hz), o que equivale a 1 cps. A sensação auditiva, subjetiva, determinada pela freqüência das ondas sonoras é a tonalidade, que permite caracterizar os sons na dependência do predomínio dos componentes de baixa freqüência (graves) ou alta freqüência (agudos). A terceira característica fundamental é a qualidade (timbre) do som percebido pelo ouvido humano. Os sons produzidos no sistema cardiovascular são, na verdade, composições de diferentes freqüências sonoras. A análise dessas misturas complexas de freqüências diversas permite identificar freqüências que são múltiplas de uma freqüência fundamental (harmônicas) e dão ao som percebido pelo ouvido humano um timbre mais musical ou menos musical, na dependência do número de freqüências harmônicas que o compõe, o que permite caracterizar um sopro como musical ou um ruído como metálico. O ouvido humano tem a capacidade de perceber vibrações sonoras, com freqüências variando entre 20 e 20.000 Hz. As freqüências superiores a 20.000
Hz são chamadas de ultra-sônicas, enquanto as