Aulas
“Trata-se do primeiro trabalho extenso de Historiografia da Linguística Brasileira, num minucioso mapeamento que cobre o período de 1968 a 1988, em que essa disciplina – instalada no país na década anterior – conheceu um desenvolvimento notável”. Ataliba T. de Castilho.
1. CAPÍTULO 1 - EM BUSCA DO MÉTODO: OBSERVAÇÕES INTRODUTÓRIAS SOBRE A HISTORIOGRAFIA LINGUÍSTICA
Ela vai fazer a historiografia da linguística de 68 a 88.
O motivo pelo qual fora escolhido este período é que, em 61, foi instaurada a primeira disciplina de linguística e em 68, o primeiro curso de linguística no país. Na década de 60, que surgiu esse curso, muitos professores de letras passaram a fazer cursos de verão de linguística.
68-88 representa não o início, mas o resultado de um longo e descontínuo processo de cientifização e institucionalização dos estudos linguísticos no Brasil.
Instaurada a disciplina Linguística, o novo corpo profissional que se formou em torno da linguística implodiu em inúmeros grupos de especialidade (desde o início da linguística, foram formados grupos distintos).
1.1. HISTÓRIAS, ESTÓRIAS E HISTORIOGRAFIAS
Um trabalho historiográfico não é apenas a reunião de datas e fatos;
A atividade historiográfica compreende uma atividade de seleção, ordenação, reconstrução e interpretação dos fatos relevantes. Em outras palavras, o trabalho historiográfico efetua um recorte (não é possível falar sobre toda uma década. Portanto, se faz um recorte, tendo assim, um enfoque).
1.2 PARADIGMAS DA HISTÓRIA DA LINGUÍSTICA
Na visão kuhniana de processo científico, cada nova etapa da evolução implica ruptura com o conhecimento anterior
Assim, para um historiógrafo, reconstruir práticas científicas passadas é rastrear seus momentos de continuidade ou os de ruptura?
Continuidade – o que se estava fazendo para levar a criação daquilo que é feito agora
Ruptura – o que NÃO se estava fazendo e que levou à criação daquilo que