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JORNALISMO LITERÁRIO NO BRASIL – PRECURSORES –

Muitos autores produziram reportagens literárias para jornal, bem antes dos norte-americanos do New Journalism. A lista é extensa. Entre nós, Euclides da Cunha e sua obra-prima Os Sertões, Rubem Braga, Joel Silveira e João Antonio.
Embora descrevessem fatos reais, usaram recursos literários, em épocas diversas, sem se ater a escolas. Neles vemos conteúdos ricos e formas bem elaboradas.
A expressiva lista de jornalistas escritores no Brasil começou com João do Rio, que se destacou entre 1900 a 1920. Foi ele quem “levantou a questão até hoje controvertida – onde termina a literatura e começa o jornalismo. Seu livro A alma encantadora das ruas ainda hoje é visto como um exemplo de narrativa jornalística bem feita.(Medina, 1988). Alguns autores consideram ainda mais importante, em João do Rio, seu método de captação de dados, de observação externa da realidade, do que seu estilo textual. “No 1900, porém, quando o nariz-de-cera precisava de uma operação plástica urgente, João do Rio descobre a força narrativa de fatos reais em suas reportagens”.(Medina, 1988: 63). Nos Estados Unidos, fizeram textos jornalístico literários John Reed (cf. Reed, Dez dias que abalaram o mundo, 1917), Jack London (1992), Hemingway (década de 30), John Hersey (Hiroshima, 1946) e James Agee, década de 40).
Entre os países de língua espanhola, José Martí, o argentino Rodollfo Walsh (Operação Massacre) e o colombiano Gabriel García Márquez (Diário de um Náufrago , 1970) são sempre citados nos estudos acadêmicos.

O “Novo Jornalismo” – Conceitos –

Na década de 60, um movimento explodiu nos Estados Unidos, chamado New Journalism, sistematizando o que os autores mencionados acima já faziam, e o que Malcom Bradbury incluiu no paradigma pós-moderno. (Rezende, 2002: 21).

FILME (PICTURE), de Lillian Ross, é considerado pioneiro. Foi publicado em livro e em série na revista The New Yorker, em 24 e 31 de maio, 7, 14 e 21 de