aula
Como dar uma boa aula
Por mais de cinquenta anos, o professor e escritor Celso Antunes fez da sala de aula um espaço de ações, reflexões e pensamentos. Em sua mais nova obra, “Primeiros degraus”, lançada pela Edições
Loyola em novembro, ele divide sua experiência com os leitores por meio de uma espécie de manual para o bom desempenho docente. Ao definir uma boa aula, Antunes alerta para a importância da aprendizagem significativa, ou seja, aquele conteúdo que será assimilado pelo aluno e que ganhará um sentido em sua vida. “Quando ele [o aluno] percebe o que e por que aprendeu é quando ocorre o aprendizado significativo”, ressalta o autor.
O livro apresenta uma série de modelos e exemplos, em texto claro e preciso, que representam degraus decisivos para o crescimento profissional do docente, com o intuito de capacitar o professor a operacionalizar com clareza e objetividade os fundamentos essenciais do magistério.
Em entrevista à Gestão Educacional, Antunes observa que três pontos caracterizam uma boa aula – questão que abre o primeiro capítulo de seu livro. “O primeiro ponto a ser levado em conta é que ocorra a aprendizagem significativa. Isso quer dizer não que o aluno decore, mas que ele compreenda o que está sendo ensinado”, explica. O segundo ponto, de acordo com o autor, é que o professor tem que pensar para preparar uma boa aula. “Não se deve pensar em uma mesma aula sempre, mas sim na variação do perfil e características dos alunos para a preparação de cada aula”, orienta. O terceiro ponto é que a aula possa realmente fazer do aluno um protagonista, com envolvimento, dinamismo.
“Uma boa aula consegue reunir tudo isso”, enfatiza.
Ao abordar o aprendizado significativo – que deve ser o foco do professor e de uma boa aula –, Antunes exemplifica com o cálculo da Matemática, que o aluno usa ao fazer uma compra no supermercado, ou as regras da Língua Portuguesa, usadas para se comunicar. “Quando é assim, é diferente”, afirma.