Aula sobre virgulas
Para se entender quando usar a vírgula, é preciso recuperar alguns conhecimentos em relação às funções sintáticas dos elementos na frase. Compare os exemplos abaixo:
1- O aluno entregou o trabalho ao professor.
2- O aluno, muito dedicado, entregou o trabalho ao professor.
3- O aluno entregou o trabalho ao professor à noite, no corredor, no dia da prova.
4- No dia da prova, o aluno entregou o trabalho ao professor.
5- O aluno entregou o trabalho, os livros e o caderno ao professor.
6- O aluno, que estava doente, entregou o trabalho ao professor.
No exemplo (1), temos uma estrutura padrão em nossa língua, formada pelo sujeito
“O aluno” + verbo (“entregar”) + complementos (no caso, temos dois complementos solicitados pelo verbo: “o livro” e “ao professor”). Observe que, quando acrescentamos uma informação extra à frase ou deslocamos algum elemento para uma posição que não é comumente a sua, precisamos da vírgula: “muito dedicado”,
“à noite, no corredor, no dia da prova”, “no dia da prova”, “o trabalho, os livros e o caderno”, “que estava doente”.
A vírgula, portanto, será utilizada para:
1 – separar os itens de uma enumeração ou elementos que exercem a mesma função sintática na frase
Exemplos:
(a) João, Maria, Paulo e Marta foram à festa.
(b) Ela saiu muito tarde, de carro, ontem à noite.
(c) Fui à feira e comprei banana, melão, morango e goiaba.
2 – separar orações coordenadas
- Sindéticas (ou seja, com conjunção):
(a) Estudou muito, mas não conseguiu a aprovação.
(b) Ela está cansada, pois trabalha muito.
- Assindéticas (ou seja, sem conjunção):
Ele chegou, comeu, bebeu, dormiu.
Observações:
I- Com a conjunção “e” (valor aditivo), usamos a vírgula apenas quando os sujeitos das duas orações forem diferentes. Veja os exemplos:
(a) João acordou, e Maria já estava na cozinha. (sujeitos diferentes: “João” e
“Maria”)
(b) João acordou e tomou o seu maravilhoso café. (mesmo sujeito: “João”)
Vale ressaltar que,