Aula de teoria da geografia
Os precursores da Geografia no Brasil eram franceses, eles davam aula em francês. A geografia no Brasil era uma geografia do estado para o estado. A geografia que vem para o Brasil é uma geografia de matriz francesa e dela começa os estudos da relação homem/meio. Aqui, eles poderiam fazer coisas que eles não faziam na França. Lá eles tinham um projeto acadêmico completamente hierárquico.
A geografia francesa no século XIX era baseada em explorações, baseada em expedições. No século XIX não se pensava no Brasil sem a sua relação com o território.
A gênese da geografia cultural é uma corrente. Não é só um ramo. De um lado a França com o Armand Frémont por exemplo e de outro lado a Inglaterra com Y-Fu Tuan, com o Lowental, com uma série de autores. As inspirações anteriores vem com o Vidal quando ele estudava a cultura material, mas principalmente com o Sauer. Vai trabalhar a geografia como uma geografia genética. Na década de XX vai se construir um termo chamado paisagens culturais. Mas o movimento mais amplo vai surgir na década de 60/70. aí como acontece com as correntes, ela vai enfraquecer, se diluindo aos poucos, mas ela vai se renovar no final de 70/80 não mais na França mas principalmente na Inglaterra e nos EUA, e aí já passa a ser chamada de Cultural Geography
Para ler Geografia ou a Geografia de Lucien Febvre
O Vidal não é Geógrafo, ele é historiador. Por que? Por um motivo óbvio: não havia curso de Geografia. Então a dupla formação de historiador/geografia vai aproximar muito os dois campos de forma que o historiador necessariamente em seus trabalhos, nos primeiros capítulos, ele incorporava um capítulo sobre as características físicas do lugar que ele estava trabalhando. E o geógrafo por sua vez sempre discutia as relações homem/espaço do ponto de vista histórico. Nesse contexto, em 1922, um historiador chamado Lucien Febvre, vai escrever um livro chamado A Terra e a Evolução humana.
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