Aula 5 Educa o das mulheres
Profa. Dra. Livia Lara da Cruz
- As mulheres sempre estudaram?
- As mulheres sempre puderam ir à escola?
Meninas e meninos sempre frequentaram as mesmas escolas, as mesmas turmas e aprenderam os mesmos conteúdos?
Constituição escolar que por vezes é naturalizada, na verdade é fruto de tensões, resistências e que não encontra consenso até hoje.
Questões envolvendo a mulher são relativamente recentes na historiografia brasileira.
Como falar em educação feminina em condições tão desiguais? A qual educação estamos nos referindo?
Durante o século XVI as mulheres ibéricas não tinham acesso à Educação: as portuguesas faziam parte do “Ïmbecilitus Sexus” uma categoria que enquadrava crianças, mulheres e doentes mentais. O que dizer das condições das mulheres na Colônia?
Educação das mulheres variava de acordo com sua condição étnico-social, que ondicionava o modo como eram educadas e os locais onde essa educação ocorria
(senhoras das classes abastadas, trabalhadoras, escravas).
Medidas governamentais para aumentar a quantidade de mulheres brancas na colônia
(cargos especiais para portugueses casados, empecilhos para dificultar acesso à conventos no exterior, vinda de órfãs, arranjos matrimoniais);
Igreja incentivava apenas os casamentos
“legítimos” (papel dos jesuítas na educação também passava por esse viés).
Isonomia entre gêneros era algo inexistente;
Meninas índias tinham contato com os dogmas cristãos nos aldeamentos, onde cantavam orações e aprendiam a prática regular do trabalho (fiar, por ex.);
Presença era vedada nas escolas públicas;
Iniciativas sistemáticas de educação para africanas são desconhecidas: a escravidão significava uma negação do acesso a qualquer forma de escolarização;
Educação das crianças negras se dava na violência do trabalho e nas formas de luta pela sobrevivência
Aprendizado “informal”: fazer contas, costurar, bordar;
Práticas educacionais