Aula 1 A Luz E A Vis O
O ser humano está constantemente exposto a diversos tipos de radiação, emitindo energia em vários comprimentos de onda do espectro eletromagnético. A luz se constitui numa pequena fração do espectro capaz de produzir uma sensação visual. Para que o olho humano perceba a energia radiante é preciso que o comprimento de onda se situe entre 380 e 760 nm (1 nanômetro = 10 -9m), e que representa cerca de 50% de toda radiação emitida pelo sol. Os outros 50% são representados por uma parcela de radiação ultravioleta e infravermelho.
A luz é um elemento de participação relevante na percepção ambiental e no exercício de atividades intelectuais e físicas. À sua existência se associa a possibilidade de visão. Os olhos são fundamentalmente receptores de luz que captam os raios luminosos das superfícies do seu campo visual através de uma lente (cristalino) e, através de mecanismos de refração e de ajustes focais, reproduzem a imagem exterior e permitem sua incidência sobre uma superfície sensível (retina), a qual é revestida de células sensitivas capazes de transformar a energia luminosa em impulsos nervosos. O cérebro decodifica os sinais recebidos e o homem vê, entende algo do que vê, e associa esta percepção a sensações de bem estar ou não.
A maior parte dos objetos que nos cercam é percebida desta maneira, dependendo também do lugar da retina no qual a imagem é focada. De um modo geral, existe uma pequena zona central na retina onde as imagens são bem definidas, na qual se encontram as células foto receptoras denominadas cones, responsáveis pela visão das cores. Indo na direção mais periférica, onde as imagens começam a ficar indefinidas, encontram-se os bastonetes, responsáveis pela visão noturna. Além disso, o campo de visão possui limites criados pela estrutura facial do ser humano. Existem áreas onde a visão é monocular e áreas onde é binocular.
Todo esse processo de visão não pode ser considerado simplesmente como um fenômeno mecânico, pois existem