Augusto, o primeiro imperador
Caio Otávio, ou Augusto, pertencia a família abastada da burguesia equestre (classe social formada por grandes negociantes e empreiteiros). Seu avô tinha sido banqueiro. O pai, Caio Otávio, foi edil e pretor em Roma e, mais tarde, procônsul na Macedônia. A mãe, Ácia, era filha de Júlia, irmã de César, que, interessando-se pela carreira do sobrinho-neto, lhe deu educação aprimorada, levou-o à Espanha e adotou-o como filho em testamento.
Augusto reivindicou sua herança e lutou por ela contra Antônio, que se apropriara do dinheiro e dos papéis de César. Otávio pagou com seu dinheiro os legados do testamento e presidiu, com Mácio, a grandes jogos em memória de César.
Depois, uniu-se a Brutus contra Antônio, derrotou-o em Módena, e exigiu o consulado (a que não tinha direito, dada sua pouca idade). Diante da recusa do senado, marchou sobre Roma e impôs a própria investidura. Segundo triunvirato
Ao mesmo tempo, Antônio se aliara a Lépido, governador da Gália. Otávio entendeu-se com eles e formaram o segundo triunvirato, que o senado reconheceu por cinco anos. Seguiu-se a repressão: trezentos senadores e dois mil cavaleiros foram proscritos, e numerosas propriedades confiscadas. Cícero, entre muitos, foi assassinado.
Em 42 a.C., os triúnviros derrotaram os republicanos Brutus e Cássio na Macedônia (batalhas de Filipos). Para recompensar as legiões, Otávio confiscou as terras de 18 cidades italianas. O descontentamento resultante foi explorado pelos amigos de Antônio.
Ajudado por Agripa, grande chefe militar, Otávio tomou Perusa (40 a.C.) e silenciou seus adversários. Concluiu, então, com Antônio, os acordos de Brindisi e dividiu com ele o mundo