“Eu não podia partir da vida dele sem que ele tivesse certeza de que eu realmente o amava, eu não podia ser como todas as outras que se apaixonaram e deixaram ele ali com o coração na mão só porque ele pinta ser um cara forte, decidido e as vezes sem sentimentos. Eu não queria ser mais uma dessas mulheres que só ficavam com ele nas festas, nas mesas cheias de amigos, ou em um sábado a noite. Eu não podia partir e sair da vida dele sem dizer que ele é o cara mais cretino que eu já me deparei, mas o cara que mais dedicou amor a família, aos animais, aos desconhecidos. Eu não podia partir sem que ele soubesse que ele podia contar comigo para tudo, que ele podia me ligar na madrugada e chorar as mazelas da vida ou rir das minhas idiotices de garota boba. Eu não podia ser como todas as outras, porque ele não era como todos os outros para mim, ele me transbordou dos sentimentos mais bonitos, ele me mostrou lados desconhecidos meus, e eu não podia simplesmente dizer: ''Já que você não quer nada de fato comigo, eu vou...'' porque eu não iria, porque o que eu sentia por ele estava muito além de compromissos, rótulos ou qualquer outra coisa que as pessoas estavam acostumadas. Eu não podia sair da vida dele porque ele penetrou no impenetrável de mim e ele é um garoto bobalhão que me faz sorrir quando eu menos espero. E porque eu o amo tanto que não consigo imaginar arrumar as malas e seguir viajem sem ele. Porque eu não quero navegar em outro mar que não seja o dele. E porque ele é muito além do que mostra e eu me perdi no labirinto do seu coração. Eu estava destinada a ficar.”