Devido ao Renascimento e a Revolução Industrial cria-se um novo entendimento do poder, no qual o mesmo é tratado como algo secular e lógico, exercido de forma temporária e representativa. O governo não se trata mais de uma herança de sangue, ele parte de uma instituição abstrata que administra os territórios através de pactos contratuais. Em conjunto com essa transformação se da o nascimento de uma ciência econômica, que usa o trabalho como fonte de produção de riquezas e um poderoso mercado internacional faz com que ocorra o aumento da produção em massa e a consolidação do lucro como uma atividade aceitável. Identifica-se no aparecimento da propriedade privada uma fonte de grandes desigualdades sociais. A “laicização da sociedade” e o avanço da ciência impulsionaram as ciências sociais. As dificuldades sociais passam a ser vistas não como castigo e sim como resultado de um conjunto de ações anteriores que deveriam ser repensadas e estudadas. A complexidade das relações sociais, o colonialismo europeu e contato entre diferentes civilizações é o ponto de partida dos estudos sociais. Impregnados de valores como a crença na superioridade europeia e o anseio pelo desenvolvimento capitalista, os primeiros temas estudados foram as desigualdades sociais e o estudo da ordem e do progresso. Auguste Comte, fundador da sociologia, nascido na França, de família católica e monarquista foi o primeiro a estudar a sociedade, estabelecendo um método e especificando o estudo social. Ao iniciar seus estudos, Comte desenvolveu a lei dos três estados de evolução social: primeiramente, o teológico, que atribuía a explicação dos fenômenos por meio dos deuses, depois, o metafisico, que explicava os problemas sociais através de meios filosóficos e por fim o positivo, no qual os homens usavam da ciência para explicar os acontecimentos sociais, sendo este considerado o mais desenvolvido e o adotado por Comte. O positivismo, sistema criado e adotado por Comte, considerado por