august muller
Além de paisagista, foi pintor histórico e retratista. Sem nunca ter saído do país, foi o mais notável artista de sua geração e um dos mais notáveis artistas brasileiros. A sua arte é larga, vigorosa, brilhante e revestida de inconfundível energia de toque. Quer na de gênero, quer na de paisagem ou na pintura de retrato, os seus trabalhos revelam sempre a segurança de um pincel de mestre. Augusto Müller praticou a pintura histórica (Jugurta no fosso de Túlia é sua obra mais conhecida no gênero, tendo-lhe valido a Ordem da Rosa quando exposta), o retratismo (Grandjean de Montigny, Retrato de Correia dos Santos, Mestre de uma Sumaca). Foi também um paisagista, destacando-se nesse último gênero as vistas do Rio de Janeiro que, entre 1835 e 1840, executou por encomenda do Cônsul dos Estados Unidos da América na capital do Império, e que lhe garantem uma situação privilegiada entre os pioneiros da pintura paisagística no Brasil. Homem de temperamento altaneiro e mesmo arrogante, pouco afeito à mediocridade do ambiente cultural em que viveu, era natural que se retraísse e mesmo que, ao fim da vida, abandonasse de todo a pintura.
Esse ressentido, esse amargurado, lecionaria até 1860 na Academia, tendo-lhe cabido formar a entre outros Sousa Lobo; depois, jubilado, nunca mais se ouviu falar dele.
A Galeria Nacional conserva deste artista os seguintes trabalhos - Jugurta na Prisão, Paisagem, no Rio de Janeiro; Retrato de um mestre de