Auditoria
Introdução
A perplexidade dos usuários de informações diante do volume e diversificação das transações econômicas, enseja cada vez mais, a necessidade de transparência nos negócios e accountability. No decorrer da evolução econômica, a auditoria foi a ferramenta utilizada para atender estas demandas. Recentemente, sucessivos escândalos puseram, momentaneamente, em dúvida, esta função.
O presente artigo pretende demonstrar que tais fatos representam reforço à idéia de importância desta atividade e, que decorreram não da atuação da auditoria e sim, da prática, no mínimo, equivocada da mesma. Ressalte-se que esta importância se eleva quando o campo de atuação é a área governamental, dadas as especificidades e peculiaridades inerentes ao setor.
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Ética x Independência
Sendo a profissão de auditor marcada pelo traço da responsabilidade pública e social, elementos tais como, ética e independência são essenciais ao profissional, até mesmo como fator de permanência no mercado. Definida de diferentes formas, esta palavra de origem grega, ethiké, segundo Aurélio, é “o estudo de juízos de apreciação referente à conduta humana do ponto de vista do bem e do mal.” Já Silveira Bueno define ética como a ciência da moral e independência como liberdade; autonomia.
O Instituto Brasileiro de Auditores independentes (IBRACON) e o Instituto dos Auditores Internos do Brasil (AUDIBRA) adotaram os mesmos postulados básicos da ética profissional, sem prejuízo algum ao cumprimento do Código de Ética do Contabilista. Para ambos os Institutos o padrão de exigência é alto em termos de honestidade, objetividade, diligência e lealdade. São os seguintes:
- Independência profissional;
- Independência de atitudes e de decisões;
- Intransferibilidade de funções;
- Eficiência técnica;
- Integridade;
- Sigilo e discrição;
- Imparcialidade;
- Lealdade de