Auditoria

Case Study - The Waste Management Scandal

O caso que envolve a Waste Management (WM) e a Arthur Anderson demonstra o conflito de interesses que podem ter como origem a prestação de serviços de auditoria e de não auditoria como, por exemplo, serviços de consultadoria, por parte da mesma empresa. Este conflito leva a que, por vezes, as SROC/ROC não cumpram os seus deveres, nomeadamente o dever de competência, independência e integridade. Este caso leva-nos a levantar uma questão. Será que estas práticas contabilísticas ter-se-iam perlongado no tempo se a Arthur Anderson prestasse apenas serviços de auditoria à WM? Poderemos dizer, numa primeira perspetiva, que este escândalo contabilístico, que durou entre 1992 e 1997, no qual os ganhos da WM foram inflacionados, poderia ter sido evitado se os auditores da Arthur Anderson tivessem cumprido os deveres anteriormente mencionados. Segundo o dever da independência, uma SROC/ROC deve recusar qualquer trabalho que possa diminuir essa independência, nomeadamente quando exista uma relação empresarial, financeira, familiar, de interesse pessoal ou outra, da qual obtenha benefícios que possam indicar dependência económica. Os factos apresentados mostram-nos que a WM gastou cerca de 11.8 milhões de dólares com serviços de não auditoria, enquanto que, os gastos com serviços de auditoria ascenderam apenas a 7.5 milhões de dólares. Estes valores poderão ter levado a Arthur Anderson a criar uma certa dependência financeira pelos serviços prestados à WM, criando assim um conflito de interesses. Por um lado uma empresa que incorria em práticas contabilísticas fraudulentas, e do outro uma empresa de auditoria que teria que emitir pareceres desfavoráveis relativos às contas de um dos seus melhores clientes. Claramente que o dever de independência foi posto em causa, visto que, os auditores chegaram a detetar essas práticas, criando um plano para a WM mudar as suas politicas