Audiologia em berçario
A Audiometria de Tronco Cerebral (BERA) avalia a condução eletrofisiológica do estímulo auditivo da porção periférica até o Tronco Cerebral. Com a evolução tecnológica, surge o aparelho de BERA automático, tornando este método mais rápido e adequado para a triagem auditiva neonatal.
Tanto as EOA quanto o BERA possuem bons índices de sensibilidade e especificidade. Os 2 exames complementam-se no momento do diagnóstico audiológico.
Para a triagem de recém-nascidos, o BERA, apresenta vantagens como: o uso de estímulos menos intensos, próximo ao limiar, tornando possível detectar formas mais leves de deficiência auditiva; a capacidade de detectar perdas auditivas unilaterais e bilaterais e o uso de uma medida fisiológica que depende de uma resposta sensorial. As limitações da técnica incluem o custo e a natureza sofisticada da instrumentação.
Uma criança que não passa na triagem do BERA no berçário de terapia intensiva deve ser retestada posteriormente sob condições mais favoráveis.
Desta forma, avalia-se a integridade neural das vias auditivas, da sua porção periférica até o tronco cerebral, detectando perdas auditivas leves a profundas, unilaterais ou bilaterais.
Além do aspecto auditivo, este exame nos dá informação sobre a condução do estimulo apresentado avaliando assim a maturidade neurológica do neonato, pelo tempo de latência de suas respostas.
Alguns agravantes podem estar associados as alterações nos resultados do BERA, são eles:
Ruído da UTI neonatal e da incubadora
Insuficiência renal
Alterações de OM, em 10% a 30% dos neonatos, que podem ser causadas por: sepsis, uso de ventilação mecânica e posição de supino prolongada, redução da atividade de sucção e fatores anatômicos próprios (normais) da tuba auditiva dos pré-termos. (BALKANY e colaboradores)
A alteração da temperatura, ou seja, hipertermia pode encurtar as latências e a hipotermia, prolonga-las. É indicado que desligue a isolete, se possível, para minimizar as