ATÉ QUE PONTO O ENSINO DE LÍNGUAS EXIGE UM POSICIONAMENTO SOCIAL, POLÍTICO E IDEOLÓGICO POR PARTE DOS PROFESSORES E ALUNOS
ATÉ QUE PONTO O ENSINO DE LÍNGUAS EXIGE UM POSICIONAMENTO SOCIAL, POLÍTICO E IDEOLÓGICO POR PARTE DOS PROFESSORES E ALUNOS
Lívia Maria Dias de Azevedo
Rio de Janeiro
2014/09
Desde dos primórdios, a linguagem está presente em toda parte. Biblicamente, o mundo começou com o verbo. Historicamente, os romanos estabeleceram-se através da organização e propagação da sua língua. Com o tempo, como toda língua, houve mutações através dos diversos falantes. Nasceu na Grécia a tão conhecida e temida gramática. Esse “manual de regras” é uma imposição nas grades curricalares escolares. Passa-se a vida inteira tentando dominar uma língua de forma gramaticalmente correta, porém é praticamente impossível. A língua é algo além de um ato de comunicação, é uma capacidade intelectual que nos difere dos animais, por exemplo. Aquele que fala, consequentemente, tem o domínio desta. Isso é algo natural, espontâneo e que, não necessariamente, precisamos aprender nas escolas. A língua deve ser sim lapidada para sua melhor compreensão, daí a importância de um profissional, ou seja, um professor. Para a eficácia, e não somente uma imposição do que deve ser seguido, é necessário mudar toda a estrutura politicamente planejada para o “ensino”. Nenhum falante, precisa de alguém para lhe ensinar a falar, ele já sabe isso, domina isso. O estudante de línguas ele aprende a repassar o que viu em aula e não a esboçar o que compreendeu. Segundo Ruwet (2001), são repassadas as regras, mas não existe uma verdadeira preocupação com a reflexão sobre elas. Logo, isso nunca vai ser visto como algo natural e bem aceito, ao contrário, será abominado, como acontece hoje em dia. O governo precisa deixar mais claro o que é que ele quer de um estudante de língua, o que é necessário para se ter um maior domínio.