Atuação do Banco Mundial na Educação
Instituto de Estudos Socioambientais
Políticas Educacionais no Brasil
Resenha sobre o texto “Trabalho docente na educação básica: A atual agenda do Banco Mundial”, de Maria Inês Bomfim.
No Brasil, a intervenção das agências internacionais, já mencionadas em parágrafos anteriores, sobretudo a do Banco Mundial, decorreu mais do que sua influência financeira em projetos, mas, sobretudo, se concentrava nas orientações políticas junto aos governos por meio da imposição de temas prioritários, linhas de ação e de um enfoque economicista das políticas educacionais.
Soares (2007) evidencia que foi nos anos 1980, com a crise do endividamento, que iniciou a atuação do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) na área da educação, propondo programas de estabilização e de ajuste da economia brasileira. Esta intervenção não foi só como base na formulação da política econômica interna, mas como também teve influências sobre o conjunto da legislação brasileira nos diversos âmbitos das políticas sociais.
Nesta mesma direção, Tommasi (2007) identifica que este interesse do Banco pela educação se dá por esta ser considerada um instrumento que propicia o crescimento econômico e a redução da pobreza, capaz de concretizar as reformas estruturais para expansão do capital. Para Maués (2001), os fatores explicativos para este interesse seriam de que a educação é o carro-chefe para o desenvolvimento e a modernização, explicando que a sua ausência seria responsável pelo subdesenvolvimento.
O Banco Mundial reforça este investimento na educação, no ensino fundamental propriamente, principalmente em virtude da Conferência Mundial de Educação para Todos. O discurso dessa agência era de focalização de recursos na educação básica, pois deste modo seria possível alcançar melhores benefícios sociais e econômicos aliados a um desenvolvimento sustentável e de longo prazo e para a o alívio da pobreza principalmente nos países em desenvolvimento