ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA INCONTINÊNCIA FECAL
1 INTRODUÇÃO
O assoalho pélvico tem em sua conformação, músculos, ligamentos e fáscias, a fim de sustentar os órgãos internos e propor ação esfincteriana para uretra, vagina e reto. Dos órgãos citados anteriormente, o reto é caracterizado por uma cavidade virtual localizada na concavidade sacral, que se prolonga através do ânus sendo sua função o armazenamento de fezes e gases (BARACHO, 2007).
A ação dos músculos esfincterianos permite o mecanismo de continência quando o conteúdo fecal está no canal anal. De forma que se caracteriza incontinência anal (IA) a perda involuntária de conteúdo fecal pelo ânus (BARACHO, 2007; LEITE;
POÇAS, 2010).
Sendo importante colocar que existem diferentes graus de incontinência, podendo variar de um grau mínimo que é quando ocorre a passagem de gases, até um grau máximo, que se demonstra por meio de um esvaziamento completo e incontrolável do intestino (POLDEN; MANTLE, 2000; LEITE; POÇAS, 2010).
Para Leite e Poças (2010), esta afecção é apontada como um problema que provoca grande perturbação do equilíbrio emocional, social e psicológico. Onde dados epidemiológicos colocam que 18,4% dos pacientes adultos já foram portadores de incontinência fecal (IF), e destes, 10% apresentaram prejuízo de suas atividades de vida diária por conta do quadro desencadeado. Vale ressaltar que 2,2% da população mundial apresenta esta afecção e, destes, 30% são idosos e 63% mulheres (NELSON et al., 1995;
JOHANSON; LAFFERTY, 1996 apud BARACHO,2007).
Viebig (2002), reintera que a IF é uma afecção que vem sofrendo uma crescente incidência, de forma que, o acometimento dá-se em maior número a partir dos
40 anos, acarretando de uma maneira geral, na falta de informações por parte do paciente no que tange a descrição de sua sintomatologia.
Quanto à classificação, Baracho (2007) coloca que a Incontinência Anal
(IA) pode ser classificada em sensorial, motora ou de urgência, que são exemplificadas, respectivamente, por passagem