ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO PRIMÁRIA DA DOENÇA RENAL CRÔNICA: UM GRAVE E CRESCENTE PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
RESUMO
A insuficiência Renal Crônica (IRC) é um crescente problema de saúde pública no Brasil, exigindo considerável investimento do sistema de saúde. A detecção precoce oferece uma oportunidade única no tratamento da patologia, evitando que a doença avance para a fase terminal, em que predominam os sinais e sintomas de uremia, indicando a necessidade de uma terapia substitutiva na forma de diálise ou transplante renal. O presente artigo consiste em uma revisão bibliográfica que mostra a grande necessidade do diagnóstico precoce da Doença Renal Crônica (DRC), bem como o encaminhamento imediato ao especialista em nefrologia e maior qualificação e contribuição do Estado às equipes de Enfermagem.
Palavras-chaves: Etiologia; epidemiologia; assistência de Enfermagem.
Introdução
Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) dão conta de que “1 em cada 11 brasileiros apresenta algum grau de doença renal”, porém só se dão conta quando já perdeu cerca de 50% da função vital do órgão, e é nesta fase que os sinais e sintomas permanecem assintomáticos ou nem sempre incomodam, com a anemia leve, pressão arterial alterada, edemas, nicturia e outros. Diagnosticado precocemente a doença poderá ser tratada com medicamentos e/ou dietas; que incluído ao acompanhamento médico regular e exames complementares como o EAS de urina (exame fornecido gratuitamente pelo SUS, segundo a SBN) o cliente afastará a necessidade de uma terapia renal substitutiva, que é indicada quando o rim já perdeu cerca de 90% da função renal.
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1 – Graduada em Enfermagem pela Universidade Presidente Antônio Carlos, Pós-graduação Lato Sensu em Gestão de Programas e Saúde da Família pela FINOM.
No entanto, por ser uma doença silenciosa, grande parcela dos acometidos com IRC só procuram atendimento médico quando o rim já perdeu