Atualidades do Líbano
No Líbano, refugiados sírios sofrem com discriminação, dizem pesquisas
Libaneses e egípcios acreditam que o grande fluxo de refugiados sírios, obrigados a sair de casa após dois anos e meio de guerra civil, ameaça a segurança nacional de seus países. Pesquisas de entidades de direitos humanos apontaram que os cidadãos da Síria nesta condição estão sujeitos a racismo e discriminação. As pesquisas surgem pouco depois de a Agência para Refugiados das Nações Unidas (Acnur) ter dito que os refugiados sírios já ultrapassaram dois milhões.
Discriminação
O sírio Haitham Mansour, 29 anos, fugiu da Síria há nove meses e já trabalhou na construçãocivil, lavagem de carros e lavanderias em Beirute e arredores. Ele contou ao Terra que o clima com os libaneses vem e deteriorando à medida que a situação de segurança no Líbano piora e a economia sofre com a falta de turistas e outros problemas sociais. “Libaneses olham para agente e nós podemos até adivinhar o que pensam. É visível o desconforto de alguns com a nossa presença”, disse o sírio, originário de Damasco.
Libaneses olham para agente e nós podemos até adivinhar o que pensam. É visível o desconforto de alguns com a nossa presença
Haitham Mansour, 29 anossírio originário de Damasco
Ele relatou um episódio em que foi barrado em uma cafeteria, onde foi com amigos para fumar a tradicional narguile. “O porteiro, um libanês, disse que sírios não eram bem-vindos no local e que era para a gente voltar para o nosso país”, falou Mansour. Segundo ele, outros episódios como esse já aconteceram com ele e com outros amigos sírios.
Natural de Homs, Mohamed Zahran, 34, disse que embora haja discriminações e ofensas racistas de alguns, há também muita compreensão de outros libaneses. “Não saberia dizer se a maioria está contra, mas há os dois lados. Há os bons e os maus”, disse ele, que trabalha como zelador em um prédio em Beirute.
A enquete também mostrou que cerca 61% da população libanesa não